segunda-feira, 23 de março de 2015

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Transcrevemos agora um dos artigos de opinião, que foi o segundo mais comentado na semana
VINICIUS MOTA


O velho regime e a manifestação


SÃO PAULO - O encontro nas ruas de duas correntes aparentemente novas da política brasileira marcou o apogeu e deflagrou o súbito esvaziamento dos protestos de junho de 2013. No dia 20 daquele mês, uma turma diferente da que dera início às marchas saiu de casa para reclamar e engrossou o caldo das multidões.
Àquela altura, as reivindicações e os métodos de mobilização de uma nova esquerda já haviam alcançado notável penetração. Governantes constrangidos dobraram-se à força do movimento e reduziram as tarifas do transporte público.
Esses grupos esquerdistas de vanguarda, aqui como na Europa, assumiram como definitiva a derrota do projeto de Estado socialista, abandonaram o objetivo de derrubar o regime capitalista e passaram a atacar suas franjas. A resignação e o niilismo os levaram a valorizar a violência dispersa e estanque das depredações.
Para completar a sequência das novidades, naquele 20 de junho um movimento de centro-direita começou a ganhar as ruas. Os motivos da insatisfação eram muitos, mas entre eles estavam a corrupção, os impostos e a opressão contra o consumo e o empreendimento.
As eleições de 2014 promoveram o encontro entre o "velho regime" da política brasileira e esses dois espíritos frescos surgidos nas ruas. Os partidos tradicionais preponderaram, seja nas eleições majoritárias, seja nas proporcionais.
Esse fato não afasta a hipótese de o sistema ter se modificado em algum grau. A maciça oposição ao PT no Estado de São Paulo, de um lado, e a surpreendente votação de Luciana Genro (PSOL) nos grandes centros, do outro, parecem sinais de assimilação dos dois novos vetores.
Agora a centro-direita volta às ruas, encorpada e sem competidor comparável. Quem a vai representar e dar vazão a seu potencial transformador no jogo eleitoral não é pergunta cuja resposta seja óbvia.

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