sexta-feira, 24 de abril de 2015

A Angela colocou um material de gramatica para nos ajudar. Ele é muito grafico, e não cansa dar uma olhadinha de novo em algumas regras.



quinta-feira, 26 de março de 2015

A professora Marcia Roner trouxe este texto para contribuir para que possamos melhor diferenciar um Editorial de um artigo de opinião. 

QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE O 
ARTIGO DE OPINIÃO E O 
EDITORIAL? 


editorial escrito para jornais ou revistas não é assinado, uma vez que nele o jornalista deve expor não o seu ponto de vista pessoal, mas da instituição para a qual trabalha, que, desse modo, assume a responsabilidade por qualquer declaração polêmica presente no editorial. Já o artigo de opinião é assinado. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados.


O editorial é uma “notícia comentada”. Assim sendo, seu objetivo é apresentar um posicionamento (da revista ou jornal) sobre um determinado evento. O artigo, no entanto, dá um passo além, uma vez que apresenta clara intenção persuasiva, ou seja, procura influenciar o leitor, no sentido de fazê-lo mudar de ideia e/ou tomar uma atitude. 



Sobre a linguagem, eles apresentam uma base comum: por serem gêneros jornalísticos, visam ser compreendidos por todo tipo de leitor. Por isso, valem-se da norma culta, mas primando sempre pela simplicidade, isto é, por uma linguagem não intelectualizada. No entanto, a diferença de foco (abordada no parágrafo anterior) faz com que cada um apresente um tipo de linguagem. O editorial, escrito em terceira pessoa, apresenta uma linguagem mais impessoal, objetiva, enxuta. Já o artigo de opinião, geralmente escrito em primeira pessoa, é comumente impregnado de subjetivismos: tom emotivo, acusações, humor satírico, ironia, sinais de exclamação, verbo no imperativo etc. 

Compilado do blog http://www.redacaolorenza.com.br/2012/11/editorial-x-artigo-de-opiniao.html

segunda-feira, 23 de março de 2015

4a aula LES, Lingua, Escrita e Sociedade

A aula completa pode ser baixada no site:
http://minhateca.com.br/mehlersloureiro/les4a+aula,408277794.pptx



O que quer dizer informar

Patrick Charaudeau. Discurso das mídias. Tradução Angela MS Correa, 2ed., São Paulo, Contexto, 2013, p. 31-50

Este texto pode ser baixado no link:
http://minhateca.com.br/mehlersloureiro/O+que+quer+dizer+informar,408249912.pdf


1) Qual a definição minima de informação?
2) Por que esta definição minima é incompleta, ou melhor, suscita problemas consideráveis?
3) Voce ja pensou que toda a construção social da linguagem esta associada a uma construção social de valores?
4) Qual a definição ingenua da informação, pertencente as primeiras teorias da informação?:
5) Por que a instância de transmissão da inofmração não é um simples procedimento de transmissão de sinais?
6) "A informação não existe em si.". Comente, preferentemente utilizando esta frase em uma procura de várias páginas do Google, alem do que o autor quer dizer.
7) A validade da informação depende de sua autenticidade e de sua pertinência. O que o autor quis dizer ao afirmar isto?
8) Diferencie efeito visado de efeito produzido.
9) O que o autor fala sobre a escolha da informação?
10) Por que a linguagem é cheia de armadilhas, segundo o autor? Procure no Google, pois o texto é pobre em muitas argumentações.
11) Como a significação é posta em discurso, onde o explicito e o implícito tem um papel importante?
12) Por que o informador, segundo o autor, eata ora em erro, ora em mentira?


 Um bom exemplo de uma cronica argumentativa:

 “Quanto nós merecemos?”
Lya Luft

O ser humano é um animal que deu errado em várias coisas. A maioria das pessoas que conheço, se fizesse uma terapia, ainda que breve, haveria de viver melhor. Os problemas podiam continuar ali, mas elas aprenderiam a lidar com eles.
Sem querer fazer uma interpretação barata ou subir além do chinelo: como qualquer pessoa que tenha lido Freud e companhia, não raro penso nas rasteiras que o inconsciente nos passa e em quanto nos atrapalhamos por achar que merecemos pouco.

Pessoalmente, acho que merecemos muito: nascemos para ser bem mais felizes do que somos, mas nossa cultura, nossa sociedade, nossa família não nos contaram essa história direito. Fomos onerados com contos de ogros sobre culpa, dívida, deveres e… mais culpa. Um psicanalista me disse um dia: – Minha profissão ajuda as pessoas a manter a cabeça à tona d’água. Milagres ninguém faz.

Nessa tona das águas da vida, por cima da qual nossa cabeça espia – se não naufragamos de vez –, somos assediados por pensamentos nem sempre muito inteligentes ou positivos sobre nós mesmos.

As armadilhas do inconsciente, que é onde nosso pé derrapa, talvez nos façam vislumbrar nessa fenda obscura um letreiro que diz: “Eu não mereço ser feliz. Quem sou eu para estar bem, ter saúde, ter alguma segurança e alegria? Não mereço uma boa família, afetos razoavelmente seguros, felicidade em meio aos dissabores”. Nada disso. Não nos ensinaram que “Deus faz sofrer a quem ama”?
Portanto, se algo começa a ir muito bem, possivelmente daremos um jeito de que desmorone – a não ser que tenhamos aprendido a nos valorizar.

Vivemos o efeito de muita raiva acumulada, muito mal-entendido nunca explicado, mágoas infantis, obrigações excessivas e imaginárias. Somos ofuscados pelo danoso mito da mãe santa e da esposa imaculada e do homem poderoso, pela miragem dos filhos mais que perfeitos, do patrão infalível e do governo sempre confiável. Sofremos sob o peso de quanto “devemos” a todas essas entidades inventadas, pois, afinal, por trás delas existe apenas gente, tão frágil quanto nós.

Esses fantasmas nos questionam, mãos na cintura, sobrancelhas iradas: – Ué, você está quase se livrando das drogas, está quase conquistando a pessoa amada, está quase equilibrando sua relação com a família, está quase obtendo sucesso, vive com alguma tranquilidade financeira… será que você merece? Veja lá!

Ouvindo isso, assustados réus, num ato nada falho tiramos o tapete de nós mesmos e damos um jeito de nos boicotar – coisa que aliás fazemos demais nesta curta vida. Escolhemos a droga em lugar da lucidez e da saúde; nos fechamos para os afetos em lugar de lhes abrir espaço; corremos atarantados em busca de mais dinheiro do que precisaríamos; se vamos bem em uma atividade, ficamos inquietos e queremos trocar; se uma relação floresce, viramos críticos mordazes ou traímos o outro, dando um jeito de podar carinho, confiança ou sensualidade.

Se a gente pudesse mudar um pouco essa perspectiva, e não encarar drogas, bebida em excesso, mentira, egoísmo e isolamento como “proibidos”, mas como uma opção burra e destrutiva, quem sabe poderíamos escolher coisas que nos favorecessem. E não passar uma vida inteira afastando o que poderia nos dar alegria, prazer, conforto ou serenidade.

No conflitado e obscuro território do inconsciente, que o velho sábio Freud nos ensinaria a arejar e iluminar, ainda nos consideramos maus meninos e meninas, crianças malcomportadas que merecem castigo, privação, desperdício de vida. Bom, isso também somos nós: estranho animal que nasceu precisando urgente de conserto.
Alguém sabe o endereço de uma oficina boa, barata, perto de casa – ah, e que não lide com notas frias?


Seja rico em opiniões, lendo artigos de opinião

Voce pode acessar gratuitamente artigos de opinião em um grande numero de revistas e jornais online. Um exemplo é a Folha de São Paulo, no link http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/. Contribua com este nosso blog, colocando comentarios com links para outras revistas e jornais:

Transcrevemos agora um dos artigos de opinião, que foi o segundo mais comentado na semana
VINICIUS MOTA


O velho regime e a manifestação


SÃO PAULO - O encontro nas ruas de duas correntes aparentemente novas da política brasileira marcou o apogeu e deflagrou o súbito esvaziamento dos protestos de junho de 2013. No dia 20 daquele mês, uma turma diferente da que dera início às marchas saiu de casa para reclamar e engrossou o caldo das multidões.
Àquela altura, as reivindicações e os métodos de mobilização de uma nova esquerda já haviam alcançado notável penetração. Governantes constrangidos dobraram-se à força do movimento e reduziram as tarifas do transporte público.
Esses grupos esquerdistas de vanguarda, aqui como na Europa, assumiram como definitiva a derrota do projeto de Estado socialista, abandonaram o objetivo de derrubar o regime capitalista e passaram a atacar suas franjas. A resignação e o niilismo os levaram a valorizar a violência dispersa e estanque das depredações.
Para completar a sequência das novidades, naquele 20 de junho um movimento de centro-direita começou a ganhar as ruas. Os motivos da insatisfação eram muitos, mas entre eles estavam a corrupção, os impostos e a opressão contra o consumo e o empreendimento.
As eleições de 2014 promoveram o encontro entre o "velho regime" da política brasileira e esses dois espíritos frescos surgidos nas ruas. Os partidos tradicionais preponderaram, seja nas eleições majoritárias, seja nas proporcionais.
Esse fato não afasta a hipótese de o sistema ter se modificado em algum grau. A maciça oposição ao PT no Estado de São Paulo, de um lado, e a surpreendente votação de Luciana Genro (PSOL) nos grandes centros, do outro, parecem sinais de assimilação dos dois novos vetores.
Agora a centro-direita volta às ruas, encorpada e sem competidor comparável. Quem a vai representar e dar vazão a seu potencial transformador no jogo eleitoral não é pergunta cuja resposta seja óbvia.
A crônica argumentativa
Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte em Gêneros textuais jornalísticos

Antes de adentrarmos às características inerentes a este tipo de texto, torna-se relevante destacarmos que a nomenclatura “crônica” deriva-se do latim Chronica e do grego Khrónos (tempo). Em função desse tempo é que podemos assemelhá-lo à narração, ao se tratar de um relato sobre um ou mais acontecimentos permeados em um determinado tempo.

Perfazendo-se de poucos personagens, ou em muitos casos isentos dos mesmos, tal modalidade tem como principal eixo temático fatos corriqueiros inerentes ao cotidiano social, político ou cultural. Desta feita, o cronista, lançando mão de sua criatividade imaginativa, incrementa-os com toque de bom humor e ironia, de modo a permitir que as pessoas vejam por outra ótica aquilo que lhes parece relativamete óbvio.

Trata-se de um texto essencialmente veiculado por jormais e revistas, razão pela qual ele oscila entre jornalismo e literatura pelo fato de que o emissor parte da observação dos fatos reais, embora os relate de forma predominantemente subjetiva.

Entretanto, em determinadas ocasiões, este lado poético cede lugar a um instinto opinativo, no qual a realidade observada passa a ser retratada como forma de protesto em função de um fato polêmico. Atribui-se a este caso o que denominamos de crônica argumentativa.

Tal posicionamento defendido materializa-se por meio da argumentação e da exemplificação. Neste caso, ironia e sarcasmo parecem fundir-se ao mesmo tempo, caracterizados pela forma em que o cronista se propõe a defender seu ponto de vista, divergindo-se da maneira pela qual a maioria o concebe.

Atendendo à proposta de aprimorarmos nosos conhecimentos sobre o gênero em evidência, analisaremos a seguir alguns fragmentos da crôncia de Mário Prata, intitulada “No Topo”:

[...]
A pichação é a consequência dessa contadição. Quando o garoto começa a perceber que seu futuro está muito mais para a fábrica de parafusos do que para jogador da seleção brasileira, que o único lugar em que as pessoas lerão seu nome será na etiqueta de seu macacão, resolve fazer fama por suas próprias mãos: pega um spray de tinta e escreve seu nome no alto dos prédios. Os pichadores competem para ver quem chega mais alto, quem escreve o nome no lugar mais difícil.
[...]
De uma certa forma, é mais ou menos isso que o pichador está fazendo: conquistando seus 15 palmos de fama na imensidão das grandes cidades. Ele nunca chegará ao topo da sociedade; seu nome, sim.

Algumas boas dicas de como escrever uma cronica argumentativa pode ser obtida no site:  http://prisroband.blogspot.com.br/2012/05/cronica-argumentativa-8-ano.html

7 dicas para escrever Artigos de Opinião       OUTMarketing 05/09/2014
 Escrever artigos de opinião demonstra conhecimento, competências e experiência em determinada área e funciona como ótimo complemento a outras formas de interação com jornalistas, como o  press release, a entrevista ou a participação em cadernos especiais.Além disso, todos os meios de comunicação social têm um espaço dedicado a este tipo de escrita e estão ávidos por conteúdo de qualidade e de alto valor para os seus leitores.
De facto o artigo de opinião tem uma credibilidade acrescida, pois baseia-se na partilha de boas práticas, pontos de vista e análises sobre determinada temática, sem qualquer cariz comercial – mas ao estar assinado por um profissional de uma empresa subentende-se que naquela empresa é assim que se trabalha, que existe expertise valioso sobre a matéria e a mensagem que fica é altamente positiva.
No entanto, deve respeitar algumas regras/diretrizes para escrever artigos de opinião de forma eficaz:
1.     Escolha um tema e um título atrativos. Existe sempre tempo e espaço para um tema atraente e a primeira impressão está no título. Use a criatividade e chame a atenção, em primeiro lugar do jornalista (para publicar o artigo) e em segundo lugar do leitor (é para este que o artigo é escrito e tem mesmo de se sentir tentado a lê-lo). Tenha em atenção que o artigo deve estar relacionado com temas atuais e tendências, que despertem o interesse do target.
2.     Defina o seu argumento. Como o nome indica, o texto deve conter uma opinião estruturada. Se não está entusiasmado com o tema ou não o domina, deve escolher outro.
3.     Sustente a sua opinião. Artigos de opinião fortes são construídos com base em factos válidos, reais, key-numbers, ou seja, dados que sustentam o seu argumento e não apenas o seu ponto de vista. Fundamente a sua opinião. Pode eventualmente utilizar citações de experts no tema e relatórios/estudos independentes para basear os seus argumentos.
4.     Não referencie a sua empresa. Artigos de opinião não devem referenciar a empresa do autor para não tornar o texto comercial. Ao assinar o artigo como colaborador da empresa X, e escrever sobre determinado tema, é porque é aquilo que a empresa defende e pratica. Está assim a divulgar as boas práticas da sua empresa de forma indireta, subtil e credível.
5.     Seja curto e conciso. Cada meio de comunicação social é diferente, mas a maioria solicita um artigo de opinião até 3.500 caracteres (incluindo espaços). Utilize frases e parágrafos curtos. Exponha a sua opinião de forma prática, percetível e sucinta.
6.     Adeque a sua linguagem ao leitor. Evite a utilização de voz passiva e jargão técnico. O leitor quer ficar informado sobre determinado tema e não inundado num mar de dúvidas.
7.     Conclua confirmando a ideia principal. Retome a ideia inicial e termine o artigo comprovando essa mesma ideia.

Para concluir, escrever artigos de opinião que tornem os leitores mais ricos em conhecimento (nunca comerciais e promocionais) demonstra o expertise do autor (e por consequência da empresa onde trabalha e pela qual assina o artigo) naquilo que são as suas valências, repercutindo uma imagem de valor e credibilidade para o target, a conquista da sua confiança e crescente interesse pela empresa. Por exemplo, se trabalha numa empresa de Tecnologias de Informação focada em Business Intelligence, não falará sobre a sua oferta e sobre a empresa em si, mas sim de melhores práticas, factos interessantes e resposta às principais questões, dúvidas e preocupações do target nesta área. Ao revelar o seu expertise está a demonstrar a capacidade de implementar aquilo que expõe e defende.
Artigo de opinião    Marina Cabral

É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião.

É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento poderão surgir oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da escrita.

Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões.

O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar.

Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe:

a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe agradam, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver.

b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor.

c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do texto de modo mais consciente, e desenvolva-os.

d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender.

e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido.

f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor.

g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto).

h) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como um todo é persuasivo.

Reescreva-o, se necessário.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

segunda-feira, 16 de março de 2015

3a aula de LES

Voce pode baixar a 3a aula aqui: 3a aula ppt
Nesta aula abordamos sobre os vários tipos de textos (narrativo, argumentativo, exposição, descrição ou instrucional), e exemplificamos generos textuais (subtipos) de cada tipo.

Também comparamos sobre a linguagem não verbal, comparando teatro x cinema, e cinema x novela. Nestas comparações abordamos sobre a densidade narrativa, a diferença de exigências para um ator em participar em um cinema ou novela, entre outros tópicos.

Nos centramos bastante nos generos de textos narrativos, e abordamos vários operadores argumentativos.


Lemos tambem o artigo de opinião "A ofensa do ofendido", de Matheus Pichonelli, A leitura foi feita em grupos de dois alunos, e cada grupo sublinhou os operadores argumentativos em cada paragrafo. Após fizemos a leitura coletiva do texto, e discutimos o que cada grupo achou sobre os operadores.

Posteriormente, cada aluno redigiu um artigo de opinião próprio.


quarta-feira, 4 de março de 2015

O Manifesto 2000 pode ser baixado no link abaixo
http://www.4shared.com/file/C0-nnTBcba/MANIFESTO_2000__1_.html

O principal argumento é que a mudança do mundo, para um mundo com mais pais, depende fundamentalmente de um senso de responsabilidade que se inicia em nível pessoal. Não se  trata de uma moção ou petição endereçada às altas autoridades.

Outros argumentos:
É responsabilidade de cada um colocar em prática os valores, as atitudes e formas de conduta que inspirem uma cultura de paz. 

Todos podem contribuir para esse objetivo dentro de sua família, de seu bairro, de sua cidade, de sua região e de seu país ao promover a não-violência, a tolerância, o diálogo, a reconciliação, a justiça e a solidariedade em atitudes cotidianas.

LES - segunda aula


Baixe a aula no link abaixo:

http://www.4shared.com/file/OfFJMLHice/les_2a_aula.html
LES - 3a Aula

1) A aula pode ser obtida no seguinte link:
http://www.4shared.com/office/sgRyM9Uice/AULA_3_LES_Marcia_mod_Marcelo.html

2) Nesta aula, abordaremos sobre tipos e gêneros de textos. Esta abordagem é importante, pois ajuda a melhor escrever. Quando você sabe melhor que tipo de texto escrever, você seleciona melhor as ideias iniciais, e consegue mais rapidamente ir adiante.

3) Para complementar o assunto desta aula, sobre textos narrativos, especialmente mais detalhes sobre os diferentes gêneros dos textos narrativos, baixe os textos abaixo:
http://www.4shared.com/file/FE7iA-Qvce/Texto_narrativo_ou_Narrao.html
http://www.4shared.com/file/m0EkyAlvce/Tipos_de_narrativa.html ´

4) Para complementar o assunto desta aula, sobre texto descritivo, especialmente mais detalhes sobre os diferentes gêneros dos textos narrativos, baixe o texto abaixo:
http://www.4shared.com/file/bcoCm2psba/Texto_Descritivo.html

5) Para complementar o assunto de aula sobre  um texto expositivo, sugerimos ler esta compilação textual:
http://www.4shared.com/file/PbkbofPcba/Como_Escrever_um_Texto_Exposit.html

3) Outro assunto da aula é sobre editorial e artigo de opinião. Nós escreveremos nesta aula um artigo de opinião, mas antes leremos o artigo de opinião "A ofensa do ofendido", de Matheus Pichonelli. A leitura será feita coletivamente, cada um lendo cada paragrafo. Ao mesmo tempo, todos serão convidados a expor os argumentos de cada parágrafo, e classifica-los em argumentos do tipo citação, comprovação (dados) e raciocínio logico. Veja a aula sobre estes tipos de argumentos, ou o texto no link:
http://www.4shared.com/file/2FzbgjPaba/Argumentao.html

4) Um vídeo muito rico de argumentos, infelizmente em inglês, poderia ser um ótimo treino para a escrita de um texto argumentativo. Trata da violência contra animais em uma linha de produção de filhotes de peru. Veja, pois não precisa saber inglês. Ele é tão autoexplicativo, que todos podemos compreender.  Você conseguiria escrever um texto argumentativo muito facilmente somente observando com cuidado as imagens. Vamos já encomendar um peru para o nosso próximo natal? Ou saboreie bastante a coxinha de galinha neste almoço. Veja este vídeo no link:
https://www.youtube.com/watch?v=OJovxS9-RTQ

5) E para quem gosta de musica, observem como mudou Adriana Calcanhoto a interpretação da famosa musica Argumento, no link abaixo. 
https://www.youtube.com/watch?v=HD11Lua0KHk
A musica fala da importância do argumento. Tenha uma opinião, saia do muro. Isto só é possivel para quem tem argumento. Como se livrar do preconceito? Procurar sempre ouvir argumentos. Ter os olhos livres, escutar e ouvir, compreender, e melhor escrever... Vamos navegar, com a paciência de um velho marinheiro, sempre a frente, mesmo que devagar....

Letra da musica:

Tá legal, eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro
Ou de um tamborim
Sem preconceito ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Questões para pensar sobre o Manifesto Antropofágico

Qual é a única lei do mundo?

O que quis ele dizer quando fala "O espírito recusa-se a conceber o espírito sem o corpo"?

Qual seria outras perguntas que voce faria que ajudaria a perceber a beleza do texto ou a mensagem que ele traz?




MANIFESTO ANTROPÓFAGO
 (reeditado, mas sem as notas)
Só a ANTROPOFAGIA nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago. Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitos postos emdrama. Freud acabou com o enigma mulher e com os sustos da psicologia impressa.
O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano informará.
Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande1.
Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil2.
Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.
Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.
Queremos a Revolução Caraíba3. Maior que a revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.
A idade de ouro anunciada pela América. A idade de ouro. E todas as girls.
Filiação. O contato com o Brasil Caraíba. Ori Villegaignon print terre. Montaigne. O homem natural. Rosseau. Da Revolução Francesa ao Romantismo, à Revolução Bolchevista, à revolução Surrealista e ao bárbaro tecnizado de Keyserling. Caminhamos.
Nunca fomos catequizados. Vivemos através de um direito sonâmbulo. Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará.
Mas nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós.
Contra o Padre Vieira4. Autor do nosso primeiro empréstimo, para ganhar comissão. O rei-analfabeto dissera- lhe: ponha isso no papel mas sem muita lábia. Fez-se o empréstimo. Gravou-se o açúcar brasileiro. Necessidade Vieira deixou o dinheiro em Portugal e nos trouxe a lábia.
O espírito recusa-se a conceber o espírito sem o corpo. O antropomorfismo. da vacina antropofágica. Para o equilíbrio contra as religiões de meridiano. E as inquisições exteriores.
Só podemos atender ao mundo orecular.
Tínhamos a justiça codificação da vingança. A ciência codificação da Magia. Antropofagia. A transformação permanente do Tabu em totem.
Contra o mundo reversível e as idéias objetivadas. Cadaverizadas. O stop do pensamento que é dinâmico. O indivíduo vítima do sistema. Fonte das injustiças clássicas. Das injustiças românticas. E o esquecimento das conquistas interiores.
Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros.
O instinto Caraíba.
Morte e vida das hipóteses. Da equação eu parte do Cosmos ao axioma Cosmos parte do eu. Subsistência. Conhecimento. Antropofagia.
Contra as elites vegetais5. Em comunicação com o solo.
Nunca fomos catequizados. Fizemos foi o Carnaval. O índio vestido de senador do Império. Fingindo de Pitt. Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons sentimentos portugueses6.
Já tínhamos o comunismo. Já tínhamos a língua surrealista. A idade de ouro. Catiti Catiti7
Imara Notiá
Notiá Imara
Ipeju8
A magia e a vida. Tínhamos a relação e a distribuição dos bens físicos, dos bens morais, dos bens dignários. E sabíamos transpor o mistério e a morte com o auxílio de algumas formas gramaticais.
Perguntei a um homem o que era o Direito. Ele me respondeu que era a garantia do exercício da possibilidade. Esse homem chama-se Galli Mathias. Comi-o.
Só não há determinismo onde há o mistério. Mas que temos nós com isso?
Contra as histórias do homem que começam no Cabo Finisterra9. O mundo não datado. Não rubricado.
Sem Napoleão. Sem César.
A fixação do progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. Só a maquinaria. E os transfusores de sangue.
Contra as sublimações antagônicas. Trazidas nas caravelas.
Contra a verdade dos povos missionários, definida pela sagacidade de um antropófago, o Visconde de Cairu10: - É mentira muitas vezes repetida.
Mas não foram cruzados11 que vieram. Foram fugitivos de uma civilização que estamos comendo, porque somos fortes e vingativos como o Jabuti12.
Se Deus é a consciência do universo Incriado, guaraci13 é a mãe dos viventes. Jaci13 é a mãe dos vegetais.
Não tivemos especulação. Mas tínhamos adivinhação. Tínhamos Política que é a ciência da distribuição. E um sistema social-planetário.
As migrações. A fuga dos estados tediosos. Contra as escleroses urbanas. Contra os Conservatórios e o tédio especulativo.
De William James e Voronoff. A transfiguração do Tabu em totem. Antropofagia.
O pater famílias e a criação da Moral da Cegonha14: Ignorância real das coisas + fala (sic.) de imaginação + sentimento de autoridade ante a prole curiosa.
É preciso partir de um profundo ateísmo para se chegar à idéia de Deus. Mas a caraíba não precisava. Porque tinha Guaraci.
O objetivo criado reage como os Anjos da Queda. Depois Moisés divaga. Que temos nós com isso?
Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade.
Contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria15, afilhado de Catarina de Médicis e genro de D. Antônio de Mariz.
A alegria é a prova dos nove16.
No matriarcado de Pindorama 17.
Contra a Memória fonte do costume. A experiência pessoal renovada.
Somos concretistas. As idéias tomam conta, reagem, queimam gente nas praças públicas. Suprimamos as idéias e as outras paralisias. Pelos roteiros. Acreditar nos sinais, acreditar nos instrumentos e nas estrelas.
Contra Goethe, a mãe dos Gracos, e a Corte de D. João VI                            .
A alegria é a prova dos nove.
A luta entre o que se chamaria Incriado e a Criatura - ilustrada pela contradição permanente do homem e o seu Tabu. O amor cotidiano e o modusvivendi capitalista. Antropofagia. Absorção do inimigo sacro. Para transformá-lo em totem. A humana aventura. A terrena finalidade. Porém, só as puras elites conseguiram realizar a antropofagia carnal, que traz em si o mais alto sentido da vida e evita todos os males identificados por Freud, males catequistas. O que se dá não é uma sublimação do instinto sexual. É a escala termométrica do instinto antropofágico. De carnal, ele se torna eletivo e cria a amizade. Afetivo, o amor. Especulativo, a ciência. Desvia-se e transfere-se. Chegamos ao aviltamento. A baixa antropofagia aglomerada nos pecados de catecismo - a inveja, a usura, a calúnia, o assassinato. Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos.
Contra Anchieta19 cantando as onze mil virgens do céu, na terra de Iracema20, - o patriarca João Ramalho fundador de São Paulo.
A nossa independência ainda não foi proclamada. Frase típica de D. João VI: - Meu filho, põe essa coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça21! Expulsamos a dinastia. É preciso expulsar o espírito bragantino, as ordenações e o rapé de Maria da Fonte22.
Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud - a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado23 de Pindorama.

Oswald de Andrade Em Piratininga24 Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha25 (Revista de Antropofagia, Ano I, No. I, maio de 1928.)