sexta-feira, 24 de abril de 2015

A Angela colocou um material de gramatica para nos ajudar. Ele é muito grafico, e não cansa dar uma olhadinha de novo em algumas regras.



quinta-feira, 26 de março de 2015

A professora Marcia Roner trouxe este texto para contribuir para que possamos melhor diferenciar um Editorial de um artigo de opinião. 

QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE O 
ARTIGO DE OPINIÃO E O 
EDITORIAL? 


editorial escrito para jornais ou revistas não é assinado, uma vez que nele o jornalista deve expor não o seu ponto de vista pessoal, mas da instituição para a qual trabalha, que, desse modo, assume a responsabilidade por qualquer declaração polêmica presente no editorial. Já o artigo de opinião é assinado. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados.


O editorial é uma “notícia comentada”. Assim sendo, seu objetivo é apresentar um posicionamento (da revista ou jornal) sobre um determinado evento. O artigo, no entanto, dá um passo além, uma vez que apresenta clara intenção persuasiva, ou seja, procura influenciar o leitor, no sentido de fazê-lo mudar de ideia e/ou tomar uma atitude. 



Sobre a linguagem, eles apresentam uma base comum: por serem gêneros jornalísticos, visam ser compreendidos por todo tipo de leitor. Por isso, valem-se da norma culta, mas primando sempre pela simplicidade, isto é, por uma linguagem não intelectualizada. No entanto, a diferença de foco (abordada no parágrafo anterior) faz com que cada um apresente um tipo de linguagem. O editorial, escrito em terceira pessoa, apresenta uma linguagem mais impessoal, objetiva, enxuta. Já o artigo de opinião, geralmente escrito em primeira pessoa, é comumente impregnado de subjetivismos: tom emotivo, acusações, humor satírico, ironia, sinais de exclamação, verbo no imperativo etc. 

Compilado do blog http://www.redacaolorenza.com.br/2012/11/editorial-x-artigo-de-opiniao.html

segunda-feira, 23 de março de 2015

4a aula LES, Lingua, Escrita e Sociedade

A aula completa pode ser baixada no site:
http://minhateca.com.br/mehlersloureiro/les4a+aula,408277794.pptx



O que quer dizer informar

Patrick Charaudeau. Discurso das mídias. Tradução Angela MS Correa, 2ed., São Paulo, Contexto, 2013, p. 31-50

Este texto pode ser baixado no link:
http://minhateca.com.br/mehlersloureiro/O+que+quer+dizer+informar,408249912.pdf


1) Qual a definição minima de informação?
2) Por que esta definição minima é incompleta, ou melhor, suscita problemas consideráveis?
3) Voce ja pensou que toda a construção social da linguagem esta associada a uma construção social de valores?
4) Qual a definição ingenua da informação, pertencente as primeiras teorias da informação?:
5) Por que a instância de transmissão da inofmração não é um simples procedimento de transmissão de sinais?
6) "A informação não existe em si.". Comente, preferentemente utilizando esta frase em uma procura de várias páginas do Google, alem do que o autor quer dizer.
7) A validade da informação depende de sua autenticidade e de sua pertinência. O que o autor quis dizer ao afirmar isto?
8) Diferencie efeito visado de efeito produzido.
9) O que o autor fala sobre a escolha da informação?
10) Por que a linguagem é cheia de armadilhas, segundo o autor? Procure no Google, pois o texto é pobre em muitas argumentações.
11) Como a significação é posta em discurso, onde o explicito e o implícito tem um papel importante?
12) Por que o informador, segundo o autor, eata ora em erro, ora em mentira?


 Um bom exemplo de uma cronica argumentativa:

 “Quanto nós merecemos?”
Lya Luft

O ser humano é um animal que deu errado em várias coisas. A maioria das pessoas que conheço, se fizesse uma terapia, ainda que breve, haveria de viver melhor. Os problemas podiam continuar ali, mas elas aprenderiam a lidar com eles.
Sem querer fazer uma interpretação barata ou subir além do chinelo: como qualquer pessoa que tenha lido Freud e companhia, não raro penso nas rasteiras que o inconsciente nos passa e em quanto nos atrapalhamos por achar que merecemos pouco.

Pessoalmente, acho que merecemos muito: nascemos para ser bem mais felizes do que somos, mas nossa cultura, nossa sociedade, nossa família não nos contaram essa história direito. Fomos onerados com contos de ogros sobre culpa, dívida, deveres e… mais culpa. Um psicanalista me disse um dia: – Minha profissão ajuda as pessoas a manter a cabeça à tona d’água. Milagres ninguém faz.

Nessa tona das águas da vida, por cima da qual nossa cabeça espia – se não naufragamos de vez –, somos assediados por pensamentos nem sempre muito inteligentes ou positivos sobre nós mesmos.

As armadilhas do inconsciente, que é onde nosso pé derrapa, talvez nos façam vislumbrar nessa fenda obscura um letreiro que diz: “Eu não mereço ser feliz. Quem sou eu para estar bem, ter saúde, ter alguma segurança e alegria? Não mereço uma boa família, afetos razoavelmente seguros, felicidade em meio aos dissabores”. Nada disso. Não nos ensinaram que “Deus faz sofrer a quem ama”?
Portanto, se algo começa a ir muito bem, possivelmente daremos um jeito de que desmorone – a não ser que tenhamos aprendido a nos valorizar.

Vivemos o efeito de muita raiva acumulada, muito mal-entendido nunca explicado, mágoas infantis, obrigações excessivas e imaginárias. Somos ofuscados pelo danoso mito da mãe santa e da esposa imaculada e do homem poderoso, pela miragem dos filhos mais que perfeitos, do patrão infalível e do governo sempre confiável. Sofremos sob o peso de quanto “devemos” a todas essas entidades inventadas, pois, afinal, por trás delas existe apenas gente, tão frágil quanto nós.

Esses fantasmas nos questionam, mãos na cintura, sobrancelhas iradas: – Ué, você está quase se livrando das drogas, está quase conquistando a pessoa amada, está quase equilibrando sua relação com a família, está quase obtendo sucesso, vive com alguma tranquilidade financeira… será que você merece? Veja lá!

Ouvindo isso, assustados réus, num ato nada falho tiramos o tapete de nós mesmos e damos um jeito de nos boicotar – coisa que aliás fazemos demais nesta curta vida. Escolhemos a droga em lugar da lucidez e da saúde; nos fechamos para os afetos em lugar de lhes abrir espaço; corremos atarantados em busca de mais dinheiro do que precisaríamos; se vamos bem em uma atividade, ficamos inquietos e queremos trocar; se uma relação floresce, viramos críticos mordazes ou traímos o outro, dando um jeito de podar carinho, confiança ou sensualidade.

Se a gente pudesse mudar um pouco essa perspectiva, e não encarar drogas, bebida em excesso, mentira, egoísmo e isolamento como “proibidos”, mas como uma opção burra e destrutiva, quem sabe poderíamos escolher coisas que nos favorecessem. E não passar uma vida inteira afastando o que poderia nos dar alegria, prazer, conforto ou serenidade.

No conflitado e obscuro território do inconsciente, que o velho sábio Freud nos ensinaria a arejar e iluminar, ainda nos consideramos maus meninos e meninas, crianças malcomportadas que merecem castigo, privação, desperdício de vida. Bom, isso também somos nós: estranho animal que nasceu precisando urgente de conserto.
Alguém sabe o endereço de uma oficina boa, barata, perto de casa – ah, e que não lide com notas frias?


Seja rico em opiniões, lendo artigos de opinião

Voce pode acessar gratuitamente artigos de opinião em um grande numero de revistas e jornais online. Um exemplo é a Folha de São Paulo, no link http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/. Contribua com este nosso blog, colocando comentarios com links para outras revistas e jornais:

Transcrevemos agora um dos artigos de opinião, que foi o segundo mais comentado na semana
VINICIUS MOTA


O velho regime e a manifestação


SÃO PAULO - O encontro nas ruas de duas correntes aparentemente novas da política brasileira marcou o apogeu e deflagrou o súbito esvaziamento dos protestos de junho de 2013. No dia 20 daquele mês, uma turma diferente da que dera início às marchas saiu de casa para reclamar e engrossou o caldo das multidões.
Àquela altura, as reivindicações e os métodos de mobilização de uma nova esquerda já haviam alcançado notável penetração. Governantes constrangidos dobraram-se à força do movimento e reduziram as tarifas do transporte público.
Esses grupos esquerdistas de vanguarda, aqui como na Europa, assumiram como definitiva a derrota do projeto de Estado socialista, abandonaram o objetivo de derrubar o regime capitalista e passaram a atacar suas franjas. A resignação e o niilismo os levaram a valorizar a violência dispersa e estanque das depredações.
Para completar a sequência das novidades, naquele 20 de junho um movimento de centro-direita começou a ganhar as ruas. Os motivos da insatisfação eram muitos, mas entre eles estavam a corrupção, os impostos e a opressão contra o consumo e o empreendimento.
As eleições de 2014 promoveram o encontro entre o "velho regime" da política brasileira e esses dois espíritos frescos surgidos nas ruas. Os partidos tradicionais preponderaram, seja nas eleições majoritárias, seja nas proporcionais.
Esse fato não afasta a hipótese de o sistema ter se modificado em algum grau. A maciça oposição ao PT no Estado de São Paulo, de um lado, e a surpreendente votação de Luciana Genro (PSOL) nos grandes centros, do outro, parecem sinais de assimilação dos dois novos vetores.
Agora a centro-direita volta às ruas, encorpada e sem competidor comparável. Quem a vai representar e dar vazão a seu potencial transformador no jogo eleitoral não é pergunta cuja resposta seja óbvia.
A crônica argumentativa
Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte em Gêneros textuais jornalísticos

Antes de adentrarmos às características inerentes a este tipo de texto, torna-se relevante destacarmos que a nomenclatura “crônica” deriva-se do latim Chronica e do grego Khrónos (tempo). Em função desse tempo é que podemos assemelhá-lo à narração, ao se tratar de um relato sobre um ou mais acontecimentos permeados em um determinado tempo.

Perfazendo-se de poucos personagens, ou em muitos casos isentos dos mesmos, tal modalidade tem como principal eixo temático fatos corriqueiros inerentes ao cotidiano social, político ou cultural. Desta feita, o cronista, lançando mão de sua criatividade imaginativa, incrementa-os com toque de bom humor e ironia, de modo a permitir que as pessoas vejam por outra ótica aquilo que lhes parece relativamete óbvio.

Trata-se de um texto essencialmente veiculado por jormais e revistas, razão pela qual ele oscila entre jornalismo e literatura pelo fato de que o emissor parte da observação dos fatos reais, embora os relate de forma predominantemente subjetiva.

Entretanto, em determinadas ocasiões, este lado poético cede lugar a um instinto opinativo, no qual a realidade observada passa a ser retratada como forma de protesto em função de um fato polêmico. Atribui-se a este caso o que denominamos de crônica argumentativa.

Tal posicionamento defendido materializa-se por meio da argumentação e da exemplificação. Neste caso, ironia e sarcasmo parecem fundir-se ao mesmo tempo, caracterizados pela forma em que o cronista se propõe a defender seu ponto de vista, divergindo-se da maneira pela qual a maioria o concebe.

Atendendo à proposta de aprimorarmos nosos conhecimentos sobre o gênero em evidência, analisaremos a seguir alguns fragmentos da crôncia de Mário Prata, intitulada “No Topo”:

[...]
A pichação é a consequência dessa contadição. Quando o garoto começa a perceber que seu futuro está muito mais para a fábrica de parafusos do que para jogador da seleção brasileira, que o único lugar em que as pessoas lerão seu nome será na etiqueta de seu macacão, resolve fazer fama por suas próprias mãos: pega um spray de tinta e escreve seu nome no alto dos prédios. Os pichadores competem para ver quem chega mais alto, quem escreve o nome no lugar mais difícil.
[...]
De uma certa forma, é mais ou menos isso que o pichador está fazendo: conquistando seus 15 palmos de fama na imensidão das grandes cidades. Ele nunca chegará ao topo da sociedade; seu nome, sim.

Algumas boas dicas de como escrever uma cronica argumentativa pode ser obtida no site:  http://prisroband.blogspot.com.br/2012/05/cronica-argumentativa-8-ano.html